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Novo PCFS | 10/05/2023
Banrisul tenta explicar a proposta do PCFS, mas embola o meio de campo

Em reunião virtual, na tarde desta terça-feira (09/05), representantes do Banco se atrapalharam ao responder questionamentos dos sindicalistas, especialmente os que se referiam ao futuro dos(as) bancários(as) que optarem por não migrar para o novo PCFS. 


Importante ressaltar que durante todo o processo de elaboração e implantação do novo PCFS, o movimento sindical não foi chamado para debater o tema. Foi preciso a intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT), para que a direção do Banrisul protelasse o prazo para migração e começasse a explicar melhor a que veio o novo PCFS. 


Na explanação desta terça-feira, que foi feita com apresentação de um Power Point, surgiram mais dúvidas do que esclarecimentos. Raquel Gil, diretora da Fetrafi/RS e membro do Comando Nacional dos Banrisulenses, pediu à direção do Banco que apresente, em uma próxima reunião, um quadro comparativo entre o PCFS atual e o novo, além do percentual de vagas que serão oferecidas em cada quadro para quem desejar concorrer a cargos (funções) comissionados. “Precisamos de muita clareza em relação à isonomia entre os que ficarem no PCFS atual e os que optarem por migrar”, observou.


Ana Furquim, diretora da Fetrafi/RS, ressaltou que o Comando não é contra uma reformulação no PCFS, mas não pode admitir que isso seja feito de maneira que retire direitos já conquistados pelos(as) trabalhadores(as). “Também queremos que os gestores das agências sejam melhores orientados pela direção do Banco sobre como conduzir esse processo, porque está havendo muita pressão para que os(as) funcionários(as) migrem para o novo PCFS sem que haja clareza em relação ao futuro da carreira”, disse Ana. 


O presidente do SindBancários Porto Alegre e Região, Luciano Fetzner, externou uma preocupação com as pessoas que estão entrando agora para o Banrisul, dentro do novo PCFS, com menos direitos que os que estão há mais tempo, o que acaba gerando uma grande rotatividade, pelo fato da carreira “não ser atraente, além de aumentar a desigualdade salarial”.  Fetzner lembrou ainda que outro Plano de Cargos e Salários, muito mais justo e seguro, foi elaborado por uma comissão paritária e que, por muito pouco, não foi aprovado. “A atual proposta do Banrisul não está tendo aderência porque não é clara, não foi discutida com os trabalhadores, tem potencial para gerar passivos, retira direitos e foi elaborada unilateralmente”, disse.


O futuro daqueles (as) que ocupam os cargos em extinção foi outra dúvida colocada pelos dirigentes sindicais. A todos os questionamentos feitos, as respostas foram vagas e com pouco aprofundamento, demonstrando a dificuldade que a direção do Banco tem enfrentado para esclarecer os banrisulenses sobre o PCFS, o que é compreensível, uma vez que o plano foi elaborado por consultorias externas.


Diante da complexidade da proposta e carência de esclarecimentos, a reunião foi encerrada depois de mais de duas horas. Agora o Comando Nacional dos Banrisulenses aguarda o retorno do Banrisul  em relação a várias pendências trazidas no início da reunião, como  tele-trabalho; processos seletivos; comissões previstas no acordo coletivo; acesso do Sindicato aos novos contratados; e outras questões que ainda estão travando a renovação do acordo de PPR.


Ficou prevista uma nova rodada para a próxima semana, na qual o Banco se comprometeu a trazer retorno sobre as questões pendentes e seguir apresentando elementos do PCFS.
 

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