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Acordo Coletivo Caixa | 07/01/2021
2021 começa com pendências da Caixa com os empregados

Na noite desta quarta, 6, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) realizaram uma live para socializar com os empregados as informações sobre as negociações do Acordo Coletivo 2020/2022, que seguem com pendências.

Desde o ano passado, que para os empregados “ainda não terminou”, destacou a mediadora do evento Lis Weingartner, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) tem se reunido com a direção para tratar dos protocolos sanitários e outras questões relacionadas do Acordo Coletivo.

Um dos pontos de tensão é a mudança nos critérios por mérito, tema importante para o crescimento da carreira do empregado. A Caixa quer impor a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) como critério absoluto para avaliação referente a 2020. O que segundo os empregados, além de nunca ter sido efetivamente negociado com as entidades sindicais, não se aplica à realidade atípica do ano passado.
  
A Coordenadora da Comissão e secretária da Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt apontou que “a direção da Caixa tem constantemente desrespeitado os empregados, seja através das reestruturações, da falta de comunicação e de metas mais do que abusivas. Começamos o ano com metas desumanas”, disse. Segundo Fabiana, a CEE “já denunciou em mesa de negociação que a GDP é muito mais uma ferramenta que serve para assediar os colegas do que para desenvolver pessoas”. Por isso, os empregados não aceitam essa imposição.

A coordenadora da CTB Ceará, Elvira Madeira, reforçou que o movimento sindical quer um canal aberto com a Caixa. “O que nós levamos para a mesa de negociação é que este foi um ano atípico e que não dá pra mensurar um trabalhador quando seu maior esforço foi sobreviver e garantir a sobrevivência de milhões brasileiros”, disse, lembrando que são os trabalhadores da Caixa os responsáveis por pagar o auxílio emergencial. “Este é um ano para reconhecer os trabalhadores e não de mensurá-los por mérito”.

Na live, os empregados deixaram claro que não vão aceitar a GDP pura como critério em 2020, porque estão trabalhando no limite, tentando sobreviver, pagando um auxílio emergencial histórico e, por isso, não é razoável terem que correr atrás de metas que foram redefinidas "no final da partida" para receberem promoção por mérito. 

Novas Contratações 
Essa sobrecarga extenuante e “adoecedora”, apontou a diretora de Políticas Sociais da Fenae e membro da CEE/Caixa, Rachel Weber, também é resultado do déficit de 19 mil empregados. “Ficou escancarado para quem entrava numa agência da Caixa a necessidade de ter mais empregados para cumprir o papel que cumprimos com tanta garra, mesmo com bem menos condições de trabalho”. Em vários estados, neste período de pagamento de auxílio emergencial, os clientes enfrentaram aglomerações e filas. O que, segundo Rachel, comprova a falta de pessoal e cria na sociedade uma ideia equivocada sobre o papel da Caixa. “Os clientes que precisam ir ao banco, com as dificuldades no atendimento, acabam indo para os bancos privados. A Caixa perde clientes com essa sobrecarga”. Mas o mais grave, disse, é que a situação facilita um entendimento equivocado da população que entra na agência e diz que a Caixa não funciona e deve der privatizada. “As pessoas esquecem que, se privatizar, a Caixa perde seu papel social público. Já tivemos mais de 101 mil empregados. Hoje são menos de 80 mil”. 

A pauta de novas contrações é antiga e contínua, reforçou. “Eles dizem que não podem contratar, mas percebemos que não é interesse desta gestão ter uma Caixa com o número de empregados adequado”. Para Rachel, é muito importante manter o diálogo e ouvir os colegas para que todos procurem os seus sindicatos. “Precisamos de saídas coletivas. Quando os trabalhadores se unem, eles conseguem enxergar uma alternativa. A situação vai continuar difícil por um tempo, por isso a mobilização é fundamental”.

Confira a íntegra da live aqui (https://www.youtube.com/watch?v=QG3PpHkXMUI&t=142s)

Conheça a proposta dos empregados:
    •    20 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon)
    •    Curso da Universidade Corporativa Caixa que é cobrado no “eixo estilo” da GDP, valendo 20 pontos (podendo ser realizado até 28/02/2021);
    •    Pontuação extra: 5 pontos para quem tiver o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) válido em 31/12/2020;
    •    Pontuação extra: Ações de autodesenvolvimento, com 2 pontos por curso registrado no currículo; (A pontuação extra teria limite de 10 pontos);
    •    Avaliação de competências da GDP, valendo 20 pontos;
    
Desta maneira, o empregado que alcançasse 40 pontos nesta sistemática teria um delta. O segundo delta seria distribuído às maiores notas da unidade, como nos anos anteriores.
 

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