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#CAIXA | 22/07/2025
Manifestações por reajuste zero no Saúde Caixa tomam o País

Trabalhadores também reivindicam a melhoria da rede credenciada, a continuidade das contribuições da Caixa após a aposentadoria para os contratados depois de 2018, e a manutenção dos princípios de constituição do plano de saúde. 

Sindicatos de bancários de todo o País realizaram, nesta terça-feira (22/07), manifestações em agências e unidades administrativas da Caixa Econômica Federal para reivindicar reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados do banco. A melhoria da rede credenciada, a continuidade das contribuições da Caixa após a aposentadoria para os contratados depois de 2018, e a manutenção dos princípios da solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo são outras reivindicações dos trabalhadores.

Em Porto Alegre, dirigentes do SindBancários conversaram com colegas e pediram apoio na mobilização. Em visita ao edifício Querência, na Praça da Alfândega, no Centro da cidade, o diretor Paulo Caetano explicou as principais demandas do movimento sindical. "Nós queremos a derrubada do teto do Saúde Caixa, mas como não há perspectiva imediata de isso ocorrer, também reivindicamos reajuste zero. Pois, com o teto, os gastos aumentam e a Caixa paga menos, então tem possibilidade do banco querer aplicar reajuste pra cobrir esse déficit. Por isso, precisamos pressionar pra que a Caixa não aumente o valor do plano para os empregados", relatou. O fim do teto de 6,5% já foi aprovado pelo comitê que controla as empresas estatais e agora depende de aprovação por parte do Conselho Deliberativo da Caixa.

O diretor Jailson Prodes reforçou a importância do pacto intergeracional para garantir a sustentação do Saúde Caixa. Entretanto, a decisão do banco que impede os contratados a partir de 2018 de levarem o plano para a aposentadoria gera uma distorção e dificulta esse modelo de custeio. "Hoje para contratar um plano de mercado pessoas acima de 50 anos pagam muito caro. Para diminuir esse impacto, no nosso plano foi feito um cálculo atuarial onde os mais novos pagam um pouco mais para reduzir o custo para os mais velhos. Os mais novos pagam mais agora, pois lá na frente irão usufruir. Mas se não podem levar o plano para a aposentadoria, por que vão pagar mais hoje? Lutamos para que todos os empregados tenham direito de levar o plano de saúde para a aposentadoria, o que irá estimular os mais jovens a entrarem no plano e contribuir para a manutenção do Saúde Caixa", destacou.

Em 2024, 45,4% das despesas do plano de saúde foram pagos pelos trabalhadores. O percentual pago pela Caixa (54,6%) está muito abaixo dos 70% definidos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano, que é também o percentual permitido pela resolução 52 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).

Isso acontece porque o valor que o banco gasta com a saúde de seus empregados alcança os 6,5% da folha salarial, limite imposto pelo próprio banco em seu Estatuto Social. Como a inflação dos custos médicos sobe mais do que os salários do pessoal da Caixa, se o banco não acabar com esse limite de gastos com a saúde de seus empregados, o percentual a ser pago pelos trabalhadores tende a aumentar ainda mais.

“Os custos das mensalidades estão sufocando as empregadas e empregados! Não suportamos mais reajustes nos valores que os empregados têm que pagar”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

“Para muitos empregados e empregadas, tanto da ativa quanto aposentados, reajustes podem inviabilizar a manutenção do plano. Por isso, pedimos reajuste zero nas mensalidades. E somente é possível não haver aumentos dos valores se o banco excluir o teto de gastos com a saúde de seus empregados, que a própria Caixa incluiu em seu Estatuto Social”, explicou a diretora da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Negociações

A vigência do ACT específico do Saúde Caixa se encerra no final de 2025. As negociações para o estabelecimento de um novo acordo já começaram, com a primeira reunião entre a CEE da Caixa e o banco realizada em 15 de julho. A próxima reunião de negociação está marcada para o dia 14 de agosto.

As principais reivindicações dos trabalhadores é a manutenção do modelo de custeio 70/30, que estabelece que a Caixa se responsabiliza pelo pagamento de 70% dos custos do plano e os empregados com 30%, e a derrubada do teto de gastos do banco, hoje definido em 6,5% da folha salarial do quadro de trabalho da Caixa.


Fonte: Contraf-CUT e SindBancários Poa

 

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