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Jurídico | 31/03/2025
Fetrafi-RS e SindBancários ajuízam ação sobre dívidas da Cassi

No último dia 21 de março, a Fetrafi-RS e o SindBancários de Porto Alegre e Região ajuizaram ação na Justiça do Trabalho sobre dívidas da Cassi (processo nº 0020262-49.2025.5.04.0004).  A intenção é questionar na justiça o formato da cobrança da Cassi, direcionando ao BB o pagamento, já que era do Banco o compromisso de reter o valor e repassar para a Cassi. Caso não seja esse o entendimento do judiciário, a ação solicita que o BB seja responsável pela correção e juros do valor não recolhido do trabalhador, além da correção da base de cálculo que não distingue verbas trabalhistas de outras verbas pagas nos processos.

Entenda o caso

Todos os empregados/as do BB que receberam crédito através da Justiça do Trabalho ou de Comissão de Conciliação, de 2010 a 2023, foram notificados pela Cassi para pagarem as contribuições que deveriam ter sido recolhidas pelo Banco. Embora a Fetrafi-RS e o SindBancários considerem que os valores são devidos, verificou-se que existe um erro de quem seja o verdadeiro devedor, já que o convênio previsto no estatuto da Cassi, delega ao Banco a responsabilidade pelo desconto dos valores devidos.

De acordo com o jurídico das duas entidades sindicais, “o pedido liminar é no sentido de impedir que a Cassi efetue qualquer cobrança, enquanto não estiverem definidos os valores relacionados unicamente com as verbas salariais previstas no Estatuto e no Regulamento de Associados”.

Priscila Aguirres traz o histórico do caso, detalhes da ação e orientações aos colegas. Assista ao vídeo.


Orientação é não aderir à cobrança da Cassi até a ação ser julgada

A representante do RS na mesa de negociação com o BB e diretora da Fetrafi-RS, Priscila Aguirres, orienta que os colegas não façam adesão à cobrança da Cassi, em função dos fatores de ilegalidade identificados. A orientação é aguardar o julgamento da ação pela justiça.

“Nosso compromisso com a defesa dos trabalhadores é montar, ingressar com a ação e trabalhar para que seja feito da forma mais justa para todo mundo. Lembrando que a Cassi é nossa, e nós queremos garantir a sustentabilidade da Cassi, mas também a gente não pode prejudicar o associado com uma cobrança que tem muitas questões problemáticas”, afirma Priscila.

Cobrança afeta 30 mil associados da Cassi

A diretora da Fetrafi-RS e conselheiro deliberativa da Cassi, Cristiana Garbinatto, afirma que a ação judicial foi pensada e organizada de uma maneira que não prejudicasse o conjunto de associados do convênio. Segundo ela, o Banco do Brasil cometeu erro intencional, pois o convênio previa que o banco efetuasse os descontos na data em que as pessoas receberam as ações judiciais e repassassem a Cassi. O BB não fez sua parte porque, naquela época, tentou economizar, pois precisaria fazer o pagamento da parte patronal. 

“Hoje, a nossa preocupação é não prejudicar os 30 mil associados que estão sendo cobrados e os outros 170 mil associados que não estão sendo cobrados, mas precisam dos recursos para a Cassi. A gente está cobrando o BB para que ele pague pelo erro cometido, mantendo assim a sustentabilidade da Cassi e garantindo direito a todos os 200 mil associados”, afirma
 

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