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Covid-19 e teletrabalho | 02/12/2020
Crescem casos de Covid-19 entre funcionários do Banrisul e Comando cobra ações sanitárias

Os casos positivos para Covid-19 entre os funcionários do Banrisul cresce a cada dia e, proporcionalmente, ultrapassam a média de casos do estado do Rio Grande do Sul desde a flexibilização do atendimento. Por isso, integrantes do Comando Nacional dos Banrisulenses foram incisivos com o Banco, em reunião nesta terça-feira, 1º de dezembro, cobrando a aplicação prática de protocolos sanitários.

Algumas unidades estão fechadas devido ao grande número de casos. Em uma mesma agência do Interior, por exemplo, pelo menos 10 funcionários foram infectados pelo novo coronavírus. Mas foi necessário chegar a este ponto para que interrompesse o atendimento externo. 

Segundo a diretora do Sindicato de Santa Cruz do Sul, Mariluz Carvalho, presente na reunião, vem ocorrendo a interpretação livre dos gestores a respeito do sistema de bandeiras adotado no estado, acordos coletivos e até mesmo a respeito do distanciamento controlado.

“Conversei com um colega gestor e ele me disse que recebeu a orientação de ser mantido o protocolo de bandeira laranja. Só que, para os bancos isso foi suspenso há 14 dias. O pessoal fica tão focado nas metas que não se dá conta de que não está seguindo orientações para salvar vidas. As agências já estão com as metas batidas”, salientou Mariluz Carvalho.

Os revezamentos de equipes não estão acontecendo em agências grandes. Aliás, acontecem em pouquíssimas agências. O atendimento ao público está liberado em grande parte das unidades. Segundo a diretora de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa, isso vem resultando o afastamento de colegas doentes e as agências fechadas por falta justamente dos colegas que estão doentes.

“Os números de infectados e de agências fechadas estão crescendo exponencialmente. Estávamos indo bem, mas passamos a ter bem mais problemas desde o retrocesso na questão dos agendamentos e na liberação da abertura para atendimento. Em todas as regiões, a Covid-19 está disseminada”, salientou Denise.

A diretora de Formação da Fetrafi-RS Ana Maria Betim Furquim, disse ter entrado em contato com agências de duas regiões do Estado e constado que há diferentes abordagens. “Tem regional fazendo diferente de um lugar para outro. Hoje, fiquei sabendo que mandaram colegas para casa em uma agência. Cinquenta por cento foram mandados ficar em casa. Mas tem regional [superintendente] que não está cumprindo o protocolo para bandeira vermelha”, afirmou.

É consenso entre dirigentes que o protocolo e seu cumprimento para os casos de Covid-19 e de combate ao novo coronavírus aplicados pelo Banrisul no início da pandemia tinham problemas, mas eram exemplares no setor bancário. Ademais, para o presidente do Sintrafi-SC, Sindicato de Florianópolis e Região, Cleberson Pacheco Eichholz, o Banrisul deveria voltar a fazer o que estava fazendo para não ter tantas agências fechadas, tantos colegas fora de combate e doentes.

“O que era feito pode não ter sido feito em todas as agências, mas estava sendo feito. Analisando os gráficos só do RS, percebe-se que o pico foi no final de setembro, outubro. Houve declínio e, em novembro, os casos voltaram a crescer de novo. O Banrisul destoou neste crescimento. A partir de um dado momento, o Banrisul passou a crescer em percentual bem acima do percentual de crescimento do estado do RS”, avaliou.

Filas e aglomerações

O presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, criticou os procedimentos de entrega de cartão aos clientes, que têm causado muita procura por agência devido à demora. O dirigente também expôs as consequências das atitudes não adotadas pelo banco no combate à pandemia.

“O Banrisul precisa urgentemente voltar a combater a contaminação pelo novo coronavírus de forma drástica, começando pela obrigatoriedade de agendamentos e suspensão das metas. Não adianta vocês pedirem para nós denunciarmos os gerentes das agências mais problemáticas. Eles são orientados pela área comercial a continuarem fazendo de tudo para bater metas. O que tem de ser feito é ampliar o revezamento, suspender as metas e acabar com as filas, o que passa por resolverem o problema da entrega de cartões e pela obrigatoriedade do agendamento.”, acrescentou Luciano.

O diretor da Fetrafi-RS Sergio Hoff, deu provas de que as aglomerações e as filas passaram a ser rotina no Banrisul. Por certo, elas não estão apenas relacionadas à flexibilização do atendimento no início deste mês, mas a outra questão sobre a qual os dirigentes chamam a atenção há alguns meses: o crescimento dos atendimentos presenciais em dezembro.

Hoff mostrou fotografias de uma agência lotada. As imagens foram colhidas na manhã da terça-feira, algumas horas antes da reunião começar. Há filas dentro da agência, clientes sentados um ao lado do outro sem observar o distanciamento mínimo de dois metros.

De acordo com o também diretor da Fetrafi-RS Fábio Alves, o banco descredenciou caixas e agora a principal exigência de atendimento é justamente para clientes que procuram os caixas. Ele contou que precisou de um novo cartão do banco que demorou 21 dias para chegar, o que leva as pessoas a procurarem agências e aumentar a chance de haver aglomerações.

“Não era o melhor momento para descredenciar caixa, dezembro agora é quando tem mais demanda por atendimento presencial. Isto estava claro que ia acontecer. Está tudo conectado, a Covid com o atendimento. Se a área comercial estivesse preocupada, esses problemas simplórios, como entregar o cartão, já estariam resolvidos”, alertou Fábio.


O que diz o Banrisul

Os representantes do banco apresentaram dados sobre cidades e números de infectados e reconheceram que houve aumento. Eles também argumentaram que a situação será muito difícil nos primeiros 20 dias de dezembro, em razão do atendimento de um número elevado de clientes que procuram agências para resolver problemas como receber o INSS e fazer prova de vida.
Objetivamente, disseram que entraram em contato com os Correios para resolver problemas de entrega de cartões e foram aconselhados a concentrar a entrega em uma só agência. 

Além disso, informaram que estão emitindo Instruções Normativas (INs) e Instruções Administrativas (IAs), reiterando a obrigação de seguir normas e colocar a vida em primeiro lugar e os negócios mais adiante, seguindo orientação da diretoria. Orientações para uso de máscaras e álcool em gel são feitas periodicamente.

O Banco também está adotando “medidas duras”. Uma delas é proibir qualquer tipo de confraternização de fim de ano ou de despedida de colega dentro das agências, com recomendações para que essas confraternizações não sejam feitas nem nas residências dos funcionários.

Os gestores que não cumprirem orientações como compra de EPIs, não afastar colegas infectados, não aplicar testes, nem seguir protocolos das bandeiras, serão punidos. Os casos serão encaminhados para o Comitê de Gestão de Pessoas, com recomendações de punição àqueles gestores que não cumprirem as orientações.


Banco garante compra de cadeiras no teletrabalho

Depois de quase duas horas de debates sobre Covid-19, os integrantes do Comando Nacional dos Banrisulenses ouviram uma boa notícia. O banco garantiu que vai comprar cadeiras e disponibilizar para os colegas que estiverem em home office nos moldes sugeridos pelos dirigentes, levando em consideração questões ergonômicas e a saúde dos colegas em teletrabalho.
Por outro lado, o banco também trouxe uma proposta prontamente recusada na mesa. O banco aceita pagar R$ 60 por mês de auxílio para que os bancários cubram suas despesas pessoais como teletrabalho em casa. O pagamento seria mensal ou numa parcela de R$ 360 para seis meses. Os diretores avisaram que não podem levar este valor à apreciação dos Banrisulenses em assembleia, recusando-o totalmente.

Também participaram da reunião pelo Comando Nacional dos Banrisulenses, Ana Maria Silva (SEEB Lajeado) e o assessor jurídico da Fetrafi-RS, o advogado Milton Fagundes.
Representaram o Banrisul na reunião da terça-feira sobre teletrabalho: o negociador Fernando Perez, superintendente de RH, Gaspar Saikoski, e os assessores jurídicos Douglas Bernhard e Raí Mello.


Agenda de reuniões

Terça-feira, 8/12, 13h30 | Teletrabalho
Quarta-feira, 9/12, 11h | Covid-19

Fonte: Imprensa SindBancários

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