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Movimento Sindical | 02/08/2021
Bancários(as) do Bradesco vão reivindicar melhorias no plano de saúde, fim das metas abusivas e valorização dos funcionários


Saúde, segurança e teletrabalho foram os principais pontos debatidos durante o Encontro Estadual dos(as) Empregados(as) do Bradesco do Rio Grande do Sul, realizado pela Fetrafi-RS na última quarta-feira, 28 de julho. Uma delegação de seis representantes do estado levará propostas de melhoria da Minuta de Reivindicações 2020/2022 e do Acordo de Teletrabalho do Bradesco para o Encontro Nacional, nesta terça-feira, 3 de agosto.

Antes do debate sobre propostas, o encontro promoveu uma análise da conjuntura estadual e nacional, feita pelo vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis; a análise do balanço do primeiro trimestre do Bradesco, apresentada pela técnica no Dieese Vivian Machado; e um balanço da pandemia, que foi exposto pelo secretário de Saúde da CUT-RS, Mauro Salles. A coordenação da mesa ficou a carga do representante da Fetrafi-RS na Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco (COE/Bradesco), Sandro Cheiran.


Reivindicações

A minuta das reivindicações contempla melhorias no plano de saúde para aposentados, a preocupação com a segurança, principalmente nas unidades de negócios, planos de cargos e salários, auxílio educação. Os gaúchos vão pedir prioridade aos seguintes pontos:

•    Plano de Saúde – Inclusão dos pais e aumento da rede referenciada;
•    Mais investimentos na área de segurança, principalmente no que diz respeito as unidades de negócios
•    Fim das metas abusivas
•    Fim das demissões
•    Valorização dos funcionários

Como novas propostas ao Encontro Nacional os presentes definiram:
•    P D E (Plano de desempenho extraordinário) para todos e todas
•    Extensão de Plano de saúde aos aposentados

Conjuntura 

Everton Gimenis abriu o Encontro com uma análise da conjuntura destacando os ataques sofridos pelos trabalhadores, com as reformas trabalhista, da Previdência e, agora, a Administrativa. Segundo ele, muitos sindicatos fecharam e outros ainda vão fechar por conta da desregulamentação das leis trabalhistas e da nova configuração do mundo do trabalho.

“Temos cada vez menos trabalhadores formais, cada vez menos bancários e crescem cooperativas e outros tipos de organização que não são protegidas pelos sindicatos”, apontou. Para o vice-presidente da CUT-RS, é preciso que as entidades pensem em formas de representar esses trabalhadores informais e que fiquem atentas ao que acontece no mundo, citando as mudanças na Constituição Chilena e a vitória da esquerda no Peru.

Sandro Cheiran complementou a fala, destacando que “o sindicato deve ser ferramenta de luta nesta conjuntura. É fundamental conseguir chegar nos colegas, argumentar, é o nosso trabalho mostrar para os nossos colegas a importância de fortalecer os nossos sindicatos.”

Lucros e demissões

A técnica do Dieese Vivian Machado apresentou e comentou o balanço do primeiro trimestre do Bradesco. O Banco registrou um lucro líquido de R$ 6,5 bilhões no período, uma queda de 4,2% em comparação ao quarto trimestre de 2020, mas um aumento de 73,6% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Vivian chamou a atenção, entretanto, ao grande número de demissões e fechamentos de agências, o maior entre todos os bancos. O Bradesco reduziu 8.547 postos de trabalho e 1.088 agências nos últimos 12 meses. “Este lucro do Banco foi em cima da redução de despesas com administração a partir da implantação do home office e do fechamento de agências”, pontuou.

Pandemia

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, fez uma retrospectiva das ações do Comando Nacional dos Bancários junto aos bancos para garantir as medidas de proteção e protocolos de enfrentamento da COVID-19 desde o início da pandemia. Muitos foram os avanços, segundo Salles, porém o número de mortes entre a categoria foi alto. 

“Um levantamento baseado no Caged indicou um aumento de desligamentos por óbitos no período no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao primeiro trimestre de 2020 de 76%”, destacou.
Os riscos de contaminação elevados da categoria por conta do contato com diversas pessoas nas agências e o trabalho em ambiente fechado, com pouca circulação de ar, levou o Comando a reivindicar a inclusão dos bancários entre os grupos prioritários para a vacina no Plano Nacional dos Bancários. O pleito foi atendido pelo Ministério da Saúde.

A questão, agora, é definir um protocolo único para lidar com a pandemia, que, como observado pelo secretário de Saúde da Contraf-CUT, ainda não acabou. “Tudo indica que nós teremos que conviver com a pandemia por um bom tempo e por mais que toda a população seja vacinada, ainda vamos ter que descobrir a forma mais adequada de lidar com o vírus”, afirmou.

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