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Bancos | 27/07/2020
Renúncia de Rubem Novaes é comemorada pelo movimento sindical, mas risco de privatização ainda assombra
O pedido de renúncia do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, na última sexta-feira, 24 de julho, gerou uma série de reações e matérias sobre o que teria levado à decisão.  No fato relevante divulgado pelo Banco, fala-se em "renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”. Entretanto, o presidente do BB sai com muitas questões pendentes. 

Independentemente de qualquer interpretação sobre a tal "renovação” e de especulações sobre o novo nome para o Banco, a diretora da Fetrafi-RS e funcionária do BB Cristiana Garbinatto, diz que a saída de Novaes deve ser comemorada, mas com cautela. "Nos livramos de uma ‘bola de chumbo’ nas nossas pernas. Vamos comemorar e ficarmos atentos a quem vem. O ideal seria um quadro de carreira do Banco do Brasil”, enfatiza.
 

A "bola de chumbo” é uma referência ao termo usado por Novaes para se referir ao Banco e seu corpo funcional em um evento no Rio de Janeiro, em março de 2019, no qual afirmou, segundo o G1 que "no Banco do Brasil me sinto de mãos atadas. É como se tivesse bolas de chumbo nas pernas para competir com os bancos privados.”
 

Em uma live da Febraban, em outro momento, deu uma declaração ambígua, se referindo aos funcionários do banco como "povo lá de baixo”, para depois elogiar a capacidade da equipe em superar metas. No vídeo também dá uma clara manifestação à favor da competição com a Caixa Federal. 
 

Novaes defendeu por diversas vezes a privatização do BB, tendo que se explicar ao Congresso Nacional. Em uma audiência pública da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, chegou a dizer que "o presidente Bolsonaro deixou claro que não iria privatizar e me deu um puxão de orelha. Do meu ponto de vista seria vantajoso para o BB, mas nós estaríamos chovendo no molhado porque a decisão está tomada”.
 

Mesmo com a saída de Novaes, o fantasma da privatização ainda não foi afastado, como afirma a representante da Fetrafi-RS na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Bianca Garbelini. "Estamos felizes pela saída do Novaes, um incompetente, privatista, que só aparecia na mídia pra detonar a imagem do Banco e defender a privatização. Mas sabemos que os planos do (ministro da Economia) Paulo Guedes em relação ao Banco do Brasil são de privatização, então não dá pra imaginar que venha algo melhor nesse sentido. O BB precisa de um presidente que valorize a instituição, mas sob o governo Bolsonaro as perspectivas não são boas”, enfatiza.

Venda sem explicação

O que também não está bem explicado com a saída de Novaes é a venda de uma carteira de crédito do BB para o Banco BTG Pactual, em operação realizada no dia 1º de julho. É importante salientar que BTG Pactual tem como um de seus sócios fundadores o próprio Paulo Guedes. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e do BNDES, Gustavo Montezano, também já foram diretores da mesma instituição.
 

Em comunicado ao mercado, o BB informou que a transação de "cessão de carteira de crédito” custou R$ 371 milhões ao BTG Pactual, mas o valor da carteira é de R$ 2,9 bilhões e que tratava-se de um "piloto de um modelo de negócios recorrente que o Banco do Brasil está desenvolvendo para dinamizar, ainda mais, a gestão do portfólio de crédito”.
 

A bancada do PSol na Câmara dos Deputados enviou requerimento ao Banco do Brasil no qual questiona a operação. A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) também questionou a operação em ofício enviado ao Vice-Presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do banco.

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